Monthly Archives: Julho 2015

Dez livros para celebrar o Dia dos Avós

por Sofia Pereira

Avós. Sabedoria, experiência e amor são atributos destes Seres Humanos que se tornam tão especiais como queridos na educação e formação dos netos.

Neste dia em que se assinala o Dia dos Avós, deixamos aqui a sugestão de alguns livros, para que avós e netos possam ler, proporcionando momentos de grande ternura intergeracional:

O Bolinha Visita os Avós, de Eric Hill, Editorial Presença

«Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para a Educação pré-escolar. Ler em voz alta / Contar / Trabalhar na sala. O Bolinha passa uma tarde feliz com a avó e o avô. Faz algumas travessuras, joga à bola com o avô e até lhe dá um banho no jardim. Antes de voltar a casa, a avó lê-lhe uma história. Divertem-se imenso juntos!»

Ruca Dança com a Avó, de Sarah Margaret Johanson, ilustração de Éric Sévigny, Asa

«Em casa da Avó, o Ruca vê uma fotografia de um casal jovem a dançar. A Avó explica que aquele casal são ela e o Avô, num concurso de dança em que participaram quando eram novos. O Ruca fica espantado e pede para a Avó o ensinar a dançar.»

O Avô conta… 365 Histórias, de Jacqueline Bovy, ilustração de Carlos Busquets, Civilização Editora

«A cada dia do ano é dedicada uma história cheia de imaginação que as crianças poderão ler elas próprias ou ouvir antes de ir para a cama.»

Avós, de Chema Heras, ilustração de Rosa Osuna, Kalandraka

«Chema Heras relata em Avós a ternurenta história de dois velhinhos, Manuel e Manuela, que aceitam com naturalidade as marcas dos anos. Manuela é coquete como uma rapariguinha e Manuel adora dançar com ela. Através de uma estrutura acumulativa e de um texto poético, Avós ensina-nos a encontrar a beleza através dos olhos do amor e mostra-nos todo o carinho que pode existir quando o corpo murcha e nos faz descobrir as vantagens de viver com um sorriso nos lábios. As ilustrações a aguarela de Rosa Osuna põem em destaque o sentido lírico do texto, por meio de um estilo simples e expressivo à base de cores suaves que insinuam a doçura latente nas personagens. Um álbum para crianças – sobre anciãos – que não tem idade, galardoado com o Prémio Llibreter 2003, outorgado pelo Grémio de Livreiros Catalães. Também foi incluído na lista Os melhores de 2004 pelo Banco do Livro da Venezuela.»

Elmer e o Avô Eldo, de David McKee, Editorial Caminho

«O Elmer vai visitar o Avô Eldo. Diverte-se a lembrar ao Avô todas as coisas que faziam juntos — mas o Avô Eldo estará tão esquecido quanto o Elmer pensa? O Avô é velho, mas é um elefante. E os elefantes nunca esquecem. Ou será que esquecem? Elmer é a mais conhecida criação do artista inglês David Mckee, estando editado em mais de 20 línguas.»

O Meu Avô, de Catarina Sobral, Orfeu Negro

«Prémio Internacional de Ilustração 2014 na Feira do Livro Infantil de Bolonha. O meu avô. E o Dr. Sebastião. Duas personagens, dois tempos diferentes. O meu Avô acorda todos os dias às 6 da manhã. O Dr. Sebastião acorda às 7. Cruzam-se todos os dias à mesma hora. O meu Avô já teve uma loja de relógios. Agora tem bastante tempo. O Dr. Sebastião não é relojoeiro nem tem tempo a perder. O meu Avô tem aulas de alemão e aulas de pilates. Escreve cartas de amor (ridículas) e faz regularmente piqueniques na relva, comme il faut. Depois, ainda tem tempo para ir buscar-me à escola… De Pessoa a Manet, de Almada a Tati, um livro repleto de referências artísticas. Uma história enternecedora sobre a relação das crianças com os avós e sobre todos os afectos que se cruzam no Tempo.»

Uma Mão Cheia de Coisas – Histórias do Avô Cantigas, de Avô Cantigas, ilustração de João Mendonça, Bertrand

«Cinco objetos. Cinco histórias. Cinco narradores inesperados, que veem o mundo através de uma perspetiva muito própria. O sapato, a bola, o grão de areia, a casa e o barco protagonizam estas histórias deliciosas que vão encantar as crianças. Nelas encontramos toda a sensibilidade e criatividade de um homem que tem dedicado desde sempre o seu talento aos mais jovens. E assim é, uma vez mais.»

O Relógio da Minha Avó, de Geraldine McCaughrean, ilustração de Stephen Lambert, Everest Editora

«Livro Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 2º Ano de Escolaridade. Leitura Autónoma. Sabes dizer as horas sem olhar para o relógio? A minha avó diz que consegue contar os segundos pelas batidas do meu coração, que uma hora é o tempo que a água da banheira leva a ficar fria e que o dia chega ao fim quando a minha mãe me dá um beijo de boas-noites.»

 

Anita de Férias com os Avós, de Gilbert Delahaye, ilustração de Marcel Malier, Pi

«Os livros da Anita percorrem, desde há 50 anos, as mãos de todas as crianças portuguesas. Não há Avó que não se lembre da Anita, como não há neta que não deseje ler as histórias desta pequena criança desenhada desde sempre por Marcel Marlier.»

O Caderno do Avô Heinrich, de Conceição Dinis Tomé, Editorial Presença

«Heinrich e Jósef conheceram-se na Polónia. Heinrich tinha chegado há pouco tempo da Alemanha, porque o pai não queria que o filho crescesse num país onde então dominavam o ódio, o preconceito, o abuso do poder e todas as formas de fanatismo. Naquele tempo, o homem que tinha subido ao poder resolveu dominar o mundo e perseguir todos aqueles que considerava serem de raças inferiores como os judeus ou os ciganos, e também todas as pessoas que lhe opusessem resistência. Esse homem chamava- se Adolf Hitler. Esta história, escrita com grande sensibilidade, conta-nos como Heinrich, e o seu amigo judeu, Jósef, apesar de tudo o que sofreram, conseguiram manter uma amizade que ficou para a vida. A autora mostra-nos ainda como o amor pelos livros e pela leitura, e a capacidade humana de criar beleza são importantes para promover a paz entre os povos. Prémio Literário Maria Rosa Colaço.»

Direitos dos Leitores

por Sofia Pereira

« (…) Andava enquanto lia, uma mão no bolso, a outra, a que segurava o livro, um pouco estendida, como se enquanto lia nos oferecesse o livro (…) Apetecia-nos ler, e pronto…(…) O mais importante, era ele ler para nós em voz alta, era a confiança que ele colocava imediatamente no nosso desejo de compreender… O homem que lê em voz alta eleva-nos à altura do livro. Ele verdadeiramente a ler.
(…) Os livros não foram escritos para que o meu filho, a minha filha, a juventude, os comente, mas para que, se o coração assim decidir, sejam lidos.»
Daniel Pennac

Daniel Pennac reflete, no seu livro «Como um Romance», os motivos que levam os jovens a não gostarem de ler. A partir da sua experiência pessoal como professor, ele procura encontrar estratégias motivadoras que recuperem a paixão pela leitura nas faixas etárias mais novas, submissas à massificação dos media e da informação. Para o autor, torna-se primordial mostrar que o ato de ler deverá ser entendido como um ato de prazer e não de obrigação, uma atividade que desenvolverá a criatividade e deverá ser estimulada desde tenra idade e em voz alta.

A leitura é um alimento para a alma dos leitores e estes têm direitos inalienáveis, segundo Pennac:

  1. O direito de não ler
  2. O direito de saltar páginas
  3. O direito de não acabar um livro
  4. O direito de reler
  5. O direito de ler não importa quê
  6. O direito de amar os “heróis” dos romances
  7. O direito de ler não importa onde
  8. O direito de saltar de livro em livro
  9. O direito de ler em voz alta
  10. O direito de não falar do que se leu

Título: Como um Romance
Autor: Daniel Pennac
Editora: Asa

A cadeira da leitura

Desde 2007 que, todos os anos, Bath, na Inglaterra, é palco de um festival de literatura para crianças. E, todos os anos, a capa do programa do festival tem como tema de fundo uma cadeira vermelha onde diversas personagens dos livros infantis se sentam a ler. Um ilustrador é convidado a reinterpretar essa cadeira e a reunir as suas personagens para um momento de leitura. Aqui ficam algumas das ilustrações feitas até 2015.

Para ver mais, ir aqui.

Bathcover2007_2252768k
[2007 – (c) Martin Brown]
Bathcover2009_2252783k
[2009 – (c) Alex Scheffler]
Bathcover2008_2252773k
[2008 – (c) David Roberts]

Vamos à Conquista de Lisboa no Castelo de São Jorge

por Sofia Pereira

A editora Livros do Horizonte e a autora Ana Cristina Pereira apresentam, no próximo dia 7 de julho, terça feira, pelas 10h30m, o livro À Conquista de Lisboa ou Conquering Lisbon, na versão em inglês.

À Conquista de Lisboa, um livro dirigido a crianças maiores de 8 anos, apresenta, de um modo divertido e prático, um roteiro da capital portuguesa, conta um pouco da história da cidade fundada por Ulisses e sugere percursos e monumentos para os mais pequenos visitarem.

A iniciativa que terá lugar no Castelo de São Jorge contará com a presença de Isabel Stilwell, escritora de romances históricos, que fará com a autora «um pequeno percurso em diálogo», trocando e tecendo comentários sobre «pedaços de história e curiosidades sobre Lisboa e o Castelo», segundo a editora.

Nesse dia, a entrada no Castelo para quem assistir ao evento é gratuita.